25.8.04

Exame de Seleção para Pós-Graduação na UFPR

O Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Paraná comunica a abertura de inscrições para o exame de seleção do curso de Mestrado/2005.

Inscrições: 23 de setembro a 22 de outubro de 2004.
Informações, bibliografia e formulários estão disponíveis na homepage http://www.antropologiasocial.ufpr.br/

Informações complementares poderão ser obtidas pelo telefone (41) 360-5272 ou por e-mail:
ppgas@ufpr.br

13.8.04

O campo das religiões no Brasil: continuidades e rupturas

Amanhã, a partir das 10 horas, o NAU estará presente, representado por seu Coordenador José Guilherme Cantor Magnani e por seu Vice-Coordenador Vagner Gonçalves da Silva, no seminário "O campo das religiões no Brasil: continuidades e rupturas", promovido pelo ISER/ASSESSORIA

José Guilherme discutirá o tema Circuitos Neo-Esotéricos e Vagner Gonçalves da Silva, com Patrícia Birmann, os Afro-brasileiros.

Este seminário, organizado por Renata de Castro Menezes e Faustino Teixeira (UFJF), será realizado em Juiz de Fora (MG) e vai até o dia 15 de agosto de 2004, no Seminário de Floresta, tendo por objetivo " discutir, em um grupo fechado, as novas configurações e as novas questões do campo das religiões no Brasil. Para isso, haverá alguns expositores-provocadores convidados" (ver programa) .

Defesa de tese

Defesa da tese de Doutorado de

Dia 30 de agosto, às 14h.

Festa na Cidade: o circuito bregueiro de Belém do Pará

Orientador: José Guilherme Magnani

Banca
: Hermano Viana (Ministério da Cultura), Luiz Henrique de Toledo (UFSCAr), Maria Lúcia Montes (USP), John Dawsey (USP).
  • RESUMO (do autor)
    "Pesquisa sobre os significados das festas de brega de Belém do Pará e as implicações de sua disposição na cidade como um circuito festivo. Falar destas festas em Belém e de seu desenvolvimento desde os anos 80 é pensar num conjunto composto por casas de festa, aparelhagens, fã-clubes de aparelhagens, publicidade, difusão radiofônica, venda de cd’s, gravadoras e produtoras, apresentações de cantores e bandas, além do público cativo ou esporádico dos eventos. É também tratar da continuidade de um modelo festivo que surge com as festas de “cabarés” e“gafieiras” dos bairros boêmios da cidade sonorizadas por aparelhagens e que existem desde os anos 50. Este modelo, por seu turno, assumiu novos contornos no interior do ‘universo cultural do brega’, emergente na cidade a partir dos anos 80. Como base para a divulgação deste estilo musical temos as gravadoras, produtoras musicais, rádios, lojas especializadas em música brega e, mais recentemente, uma intensa produção de CDs piratas ‘dos bregas’ de sucesso lançados no mercado. No que se refere à consolidação das festas de brega como um modelo típico de lazer na cidade se destacam as aparelhagens, casas de festa efesteiros, componentes fundamentais da estrutura empresarial do circuito festivo. Já no interior do circuito, se faz presente a movimentação des eus atores principais, o público cativo da festa, que se apresentas egundo versões mais recentes, os ‘fã-clubes de aparelhagem’, ou mais antigas, os freqüentadores dos ‘bailes da saudade’, festas organizadas aos moldes daquelas dos anos 50 e 60. Os movimentos dos sujeitos nointerior deste circuito festivo e o retorno compensador dos empresáriosque investem nestas festas (e acabam por movimentar um importante setor da economia da cidade) permitiram que as suas fronteiras fossem alargadas e estendidas até as grandes festas do calendário anual da cidade. A presença das festas de brega em grandes períodos festivos de Belém como o Carnaval, as Festas Juninas e o Círio de Nazaré demonstra o grau de consolidação destas como um modelo festivo associado a uma prática de lazer típica dos moradores de Belém. É preciso, no entanto, considerar que este circuito tem as suas bases nos bairros periféricos da cidade. Na verdade, a adoção da brega como uma ‘marca’ da cidade e do Estado resulta de um movimento de aceitação deste estilo musical e da sua expressão maior, que são as festas de brega, que vão das periferias ao centro da cidade. Daí, o movimento historicamente se dirigiu para o interior do Estado e para outras cidades de diferentes Estados da Região Norte. Ao mesmo tempo, este movimento de divulgação musical e boa recepção do brega foi acompanhado da reprodução do modelo festivo recorrente em Belém naqueles outros lugares".