30.1.04

Estágio de pesquisa na EHESS/Paris

A pesquisadora do NAU Silvana de Souza Nascimento está realizando uma etapa de sua pesquisa de doutorado – Gênero e sociabilidade em Goiás, permanências e novas perspectivas – em Paris, na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS ) sob a co-orientação da Profa. Marie-Elisabeth Handman, membro do Laboratório de Antropologia Social. É uma bolsa-sanduíche, financiada pela CAPES, com a duração de seis meses, em que a pesquisadora tem participado das atividades acadêmicas oferecidas por esta instituição.
Como grande parte do trabalho de campo já foi feito no Brasil, o objetivo deste período na França é ampliar seus conhecimentos teóricos a respeito dos temas trabalhados como relações de gênero, sexualidade e cultura camponesa. Além de assistir a cursos regulares da EHESS, ela tem participado de um grupo de estudos sobre gênero, organizado por doutorandos e estudantes de DEA (Diplome d’Études Aprofondis), o que permite contatos e intercâmbios com outros pesquisadores da mesma área. Têm feito também pesquisas bibliográficas na Biblioteca Nacional François Mitterand , que oferece um amplo acervo em antropologia, com produções de vários países e universidades.

23.1.04

ESPIRITISMO À BRASILEIRA

Sandra Stoll, professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Paraná e pesquisadora-orientadora do NAU, acaba de lançar o livro Espiritismo à brasileira, co-edição da EDUSP com a Editora Orion.

As estórias de vida e a produção de três personagens constituem o fio condutor da revisão, proposta neste livro, sobre a narrativa histórica e interpretação antropológica dos trajetos do Espiritismo no Brasil. Allan Kardec, fundador da doutrina, abre a discussão do tema; os personagens principais, porém, são dois médiuns brasileiros, de renome internacional, cujas estórias de vida marcam a produção de "um modo de brasileiro de ser espírita" que envereda em duas direções. A primeira reinterpreta a matriz francesa do kardecismo a partir do modelo de virtudes cristãs, tendo seu modelo exemplar, paradigmático, concretizado na biografia de Chico Xavier. A segunda, representada por Luiz Antonio Gasparetto, afasta-se dessa tradição por meio da apropriação de idéias e práticas de outros sistemas de conhecimento, em especial da "auto-ajuda" e "Nova Era", delineando um novo agir moral caracterizado pela absorção do ideário da sociedade de consumo: felicidade, prazer, auto-realização, prosperidade. Mais do que uma história do Espiritismo, o que a leitura desse livro traz, portanto, é a sua dinâmica contemporânea, encenada pela tensão entre distintos paradigmas.
Chico Xavier, o personagem central, pela primeira vez é apresentado como objeto de estudo acadêmico. Sua estória de vida, tão divulgada quanto os mais de 400 livros que ele escreveu, constitui a principal fonte documental utilizada para delinear o chamado "estilo católico" que veio a tornar-se o modo hegemônico de "ser espírita" no Brasil. Luiz Antonio Gasparetto, hoje envolvido com os temas da "Nova Era" e práticas de "auto-ajuda", faz o contraponto, sinalizando por meio de novos usos rituais da prática mediúnica algumas das tendências emergentes no espiritismo.

Sandra Stoll, é paulistana, e há muitos anos reside em Curitiba. Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo, tem artigos publicados na Revista de Antropologia da USP, nos Cadernos do ISER e na Revista de História da Universidade Federal do Paraná. É uma das coordenadoras do NUARP (Núcleo de Arte, Ritual e Performance) da UFPR.

COMO ADQUIRIR O LIVRO ESTANDO FORA DE CURITIBA
O livro Espiritismo à Brasileira pode ser encomendado diretamente à Orion Editora (orioneditora@terra.com.br).O preço é de R$35,00 + R$ 3,00 de frete. A compra deve ser feita por Depósito Bancário realizado em nome da Orion Editora no:

Banco do Brasil (001)
Agência 3390-1
Conta Corrente 13205-5

Enviar cópia do comprovante de depósito por e-mail para
orioneditora@terra.com.br ou por fax (41) 372-4552 , incluindo o endereço para o qual deseja que o exemplar seja enviado.

PROFESSOR ADJUNTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA

CONCURSO PÚBLICO
PROFESSOR
ADJUNTO

Área: Antropologia Social
Matéria Específica: Teorias Antropológicas
Número de Vagas: 03
Titulação: Doutor
Critério de Seleção: Provas de Títulos, Escrita e Didática.
Inscrições: 09 / 01 /2004 a 19 / 02 / 2004
Informações: www.prhae.ufpr.br
Edital 260/04
Departamento de Antropologia: Fone (41) 360 5106

PROGRAMA:
I. Conteúdo propedêutico:
1. CONCEITO DE CULTURA EM ANTROPOLOGIA
2. A ANTROPOLOGIA NO QUADRO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
3. PESQUISA DE CAMPO EM ANTROPOLOGIA

II. Conteúdo específico:
1. ANTROPOLOGIA NO BRASIL
2. ANTROPOLOGIA SOCIAL BRITÂNICA
3. ESCOLA SOCIOLÓGICA FRANCESA
4. CULTURALISMO NORTE-AMERICANO
5. ANTROPOLOGIA E HISTÓRIA
6. TENDÊNCIAS DA ANTROPOLOGIA CONTEMPORÂNEA
7. CONCEITOS DE ESTRUTURA EM ANTROPOLOGIA

III. PROVAS:
1. Análise dos Títulos
2. Prova escrita (pontos sorteados) com duração de 4 horas
3. Prova didática (pontos sorteados) com 24 horas para preparação e 50 minutos para a apresentação perante Banca.
4. Realização das provas Segunda quinzena de março/2004 com data a ser marcada.

18.1.04

Concurso Público Professor Adjunto do Departamento de Antropologia da UFPR

Estão abertas até 19 de fevereiro as inscrições do Concurso Público para Professor Adjunto do Departamento de Antropologia da UFPR. São três vagas na área de Teoria Antropológica. Mais informações podem ser obtidas no endereço http://www.prhae.ufpr.br/doc2/editdoc/edit260.htm ou pelo telefone (41) 360-5106. A banca examinadora será composta pelos professores Roque Laraia (UnB), Peter Fry (UFRJ), José Guilherme Magnani (USP) e pelas professoras Christine Alencar Chaves e Sandra Jacqueline Stoll (UFPR).

14.1.04

Boa Notícia

O web site do NAU foi indicado pela Comunidade Virtual de Antropologia como Site do Mês!

A Expedição continua

A Expediçãoo São Paulo 450 anos continua sua busca de dados multidisciplinares e peças da cultura material urbana do século XXI na terceira megalópole do mundo para o Museu da Cidade, que funcionará no Palácio das Indústrias. O Museu constituirá a memória urbana da São Paulo de nossos dias, formando com o Museu Paulista (essencialmente um museu histórico desde a criação do MAE-USP, que comporta os setores de Etnologia e Arqueologia) uma dupla fonte de documentação e estudos sobre o patrimônio cultural contemporâneo da cidade de São Paulo, referencial para o estudo de muitas outras.
A Expedição se dividiu em duas grandes equipes. Uma percorre o sentido norte-sul da cidade e outra o sentido leste-oeste. Pelos jornais sabemos que José Guilherme Magnani, coordenador do NAU estã na equipe norte-sul e Vagner Gonçalves da Silva, vice-coordenador, na equipe leste-oeste. No Estadão de hoje há exemplos do tipo de material coletado: Magnani comprou para o Museu dois refrigerantes vendidos apenas nas periferias paulistanas e consumidos em grande quantidade nos forrós. Outras peças, como brinquedos, adornos, arte, artesanato e outros artefatos, além de sons, léxico, vestígios arqueológicos etc também serão coletadas.
É importante observar a proposta de todos os especialistas irem a campo, no mais puro estilo antropológico, em vez de apenas trabalharem com as peças, sem partilhar o contexto em que as mesmas coexistem.
A rádio Eldorado, que pode ser ouvida no mundo inteiro via Internet, e o Estadão transmitem diariamente notícias da Expedição, que é patrocinada pela Petrobrás.

11.1.04

Começa hoje a Expedição São Paulo 450 anos

A “Expedição São Paulo 450 anos”, que se inicia hioje por volta das 11 horas, consiste na viagem, a partir de um roteiro previamente estabelecido, de duas equipes de pesquisadores de diversas especialidades – o NAU participa representando a antropologia- que incluem museologia, arqueologia, arquitetura e urbanismo, história, etnomusicologia, geografia, sociologia, artes, ciências ambientais, educação e medicina – que se deslocarão em Vans, uma no sentido leste/oeste, outra no sentido norte/sul durante uma semana. Os pesquisadores pernoitarão nos bairros onde estiverem trabalhando no final da noite. As equipes serão acompanhadas por profissionais de comunicação (jornal, rádio e internet) para transmissão das impressões dos especialistas, colhidas durante o percurso, sobre a cidade, seus habitantes, trajetos, locais de moradia e sociabilidade, trabalho e lazer e as incontáveis, inesperadas e criativas respostas às condições concretas de vida com que se deparam nesta São Paulo de 450 anos. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura, o Grupo “O Estado de São Paulo” e o Instituto Florestan Fernandes, e conta com o patrocínio da Petrobrás. Nosso blog pretende manter informados os interessados sobre o andamento da expedição durante toda esta semana.

9.1.04

Começa no Domingo, dia 11, a Expedição São Paulo 450 Anos

Começa no Domingo, dia 11/01, a Expedição São Paulo 450 Anos. Atentos à diversidade cultural de São Paulo sairão, junto a outros especialistas, os pesquisadores do NAU: José Guilherme Cantor Magnani, Vagner Gonçalves da Silva, Luiz Henrique de Toledo, Camila Iwasaki, Clara de Assunção Azevedo, Márcio Macedo, Fernanda Noronha, Daniela do Amaral Alfonsi e Alexandre Barbosa Pereira.
Acompanhe aqui no blog Mural as atividades do grupo.
Boa viagem ao centro da nossa terra, náuticos!
E aí vai um convite para todos:

Warriors Os Selvagens da Noite

O Espaço Impróprio apresenta:

Warriors Os Selvagens da Noite (Walter Hill, EUA, 1979, 93 minutos).
O que aconteceria se todas as gangues de Nova York se
unissem para dominar a cidade? Seriam mais fortes que a polícia, numa relação de 5 caras mal-encarados para cada bossal fardado. Cyrus convocou todas as gangues de NY para propor justamente isso. Mas alguém não quer a
paz entre as gangues. Aí começa uma jornada pelos becos da cidade num estilo terra sem lei , de todos contra todos.

Debate sobre o tema do filme com Alexandre Barbosa
(antropólogo pesquisador do Núcleo de Antropologia Urbana da USP -NAU-USP) e Kalota (I Shot Cyrus).

Show: I Shot Cyrus

Sexta 09/01/04 - 18hs - R$ 3,00

Espaço Impróprio
Rua Dona Antônia de Queiroz, 40 - Consolação

O Espaço Impróprio é um centro (contra) cultural que segue os princípios do faça-você-mesmo. Todo o dinheiro arrecadado nos eventos será destinado para ajudar a manter o espaço físico (aluguel, contas, reformas, etc) e para viabilizar outros projetos (biblioteca, cybercafé, etc). Para saber mais, escreva: improprio@riseup.net

8.1.04

Nove pesquisadores do Núcleo de Antropologia Urbana da USP na “Expedição São Paulo 450 anos”

A “Expedição São Paulo 450 anos” consiste na viagem, de 11 a 18 de janeiro de 2004, a partir de um roteiro previamente estabelecido, de duas equipes completas – especialistas, pesquisadores, documentaristas – que se deslocarão, uma no sentido leste/oeste, outra no sentido norte/sul durante uma semana inteira. As equipes serão acompanhadas por profissionais de comunicação (televisão, jornal, rádio e internet), encarregados de fazer o registro e transmissão das impressões colhidas durante todo o percurso sobre a cidade, seus habitantes, seus trajetos, locais de moradia e sociabilidade, trabalho e lazer e as incontáveis, inesperadas e criativas respostas às condições concretas de vida com que se deparam nesta São Paulo de 450 anos. Seu pressuposto é o confronto de diferentes perspectivas e técnicas de observação e registro: em primeiro lugar o olhar diferenciado dos especialistas que perscrutará ângulos específicos, em busca de pistas e cujo resultado deverá estar consignado em seus textos finais, ainda que não conclusivos; a pesquisa de campo de estudantes na coleta de documentos, imagens e informações sobre grupos, associações, instituições, espaços e objetos significativos, material que mais tarde deverá constituir o acervo para exposição no Museu da Cidade. O Museu da Cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal de Cultura, empreendem a Expedição São Paulo 450 anos, em parceria com o Instituto Florestan Fernandes e o Jornal “O Estado de São Paulo”.Os resultados desta Expedição estarão inicialmente editados em um caderno especial do Jornal “O Estado de São Paulo”, do dia 25 de janeiro de 2004, com circulação nacional, e posteriormente num livro-catálogo que conterá ensaios produzidos pelos viajantes, a ser editado pelo Museu da Cidade de São Paulo.
Além do Jornal, acompanharão a Expedição: a Rádio Eldorado, o Portal Estado e uma equipe televisiva, como também profissionais de coordenação, apoio técnico e logístico. O ineditismo desta expedição em relação à anterior, realizada há quase 20 anos, será a retomada da prática de coleta de acervo contemporâneo sobre a Cidade de São Paulo, a ser selecionado pelos viajantes durante o percurso, que constituirá uma das Exposições inaugurais do futuro Museu da Cidade de São Paulo.